Imigração – O começo de tudo

Era 08 de outubro de 2010, por volta das 18:30. Chegávamos ao auditório Liceu de Artes e Ofícios, no centro do Rio para uma palestra sobre imigração para Quebec. O palestrante, um québécois bastante educado e com um sotaque engraçado fez aquele lugar parecer o paraíso. Àquela época, muito novos, ficamos maravilhados e tudo que queríamos era imigrar para o Canadá. Chegamos em casa e começamos a pesquisar, ler sobre a imigração (não tinha tanta informação quanto hoje) e fizemos um teste que avaliava se éramos elegíveis. Para nossa surpresa(really?), não éramos. Foi um balde de água fria nos nossos planos de imigração.
O tempo foi passando e a sementinha da imigração outrora plantada começava a germinar, e mesmo desanimados por não ser elegíveis, vez ou outra pesquisávamos alguma coisa, sobre Quebec, Montreal e outras províncias. A quantidade de informações sobre imigração aumentava a cada dia, e nós ficávamos cada vez mais interessados, mas dessa vez o lugar não era mais Quebec. Queríamos um lugar mais “quente” para passar nossos dias. Claro que nesse tempo até Manitoba passou pela nossa cabeça, mas pensamos melhor decidimos que o “lugar ideal” para imigração seria Vancouver.
Nada contra Quebec, Manitoba ou qualquer outra província mais fria, mas tínhamos medo do frio atrapalhar nossa adaptação.
O tempo foi passando, e em 2014 decidimos fazer um test drive 3 meses. Embora Vancouver fosse a primeira opção, Toronto também estava no pário e o decidimos basicamente pelo preço (passagens e custo de vida), e entre Toronto e Vancouver, Toronto ganhou!
Depois desses três meses voltamos ao Brasil (última semana de novembro), e decidimos que íamos fazer o nosso melhor pra ficar aqui e nos dar um tempo para decidir o que fazer.
Assim foi feito. Paulinha começou a trabalhar em Janeiro e eu em fevereiro. Ambos com bons salários. Em fevereiro alugamos nosso novo apartamento, em Jacarepaguá. Um ônibus e um metrô nos distanciava do trabalho. O trajeto demorava em torno de 01:15H. Tempo que já considerávamos grande mas o apartamento era bacana e cabia no orçamento, então decidimos topar o desafio.
O problema: Acabaram as férias escolares, e com as aulas chegaram os engarrafamentos, ônibus atrasado e lotado, metrô insuportável. Sério, o metrô era a pior parte. Quem é do RJ sabe que a linha 2 do metrô em horário de pico é tensa, e quem não é, dá uma pesquisada no Google.
O tempo foi passando, a economia piorando, assaltos aqui, facadas acolá. Não nos sentíamos mais em casa na cidade que nascemos e aprendemos a amar mesmo com todos os problemas. O resultado foi óbvio: Não aguentávamos mais ficar aqui e a resposta para os nossos problemas se tornava a imigração.
Em meados de junho decidimos fazer o que fosse necessário para imigrar. Nossa primeira opção era a Paulinha fazer um College para que eu pudesse o visto de trabalho, e depois de um ano trabalhando tentar o processo de imigração de fato. Essa era a opção mais fácil e mais difícil ao mesmo tempo. Mais fácil porque só precisávamos da carta de aceitação do College e mais difícil porque precisávamos comprovar uma quantidade muito grande de dinheiro. E como o custo da viagem de “teste” foi alto, e o dólar estava subindo muito, essa comprovação de fundos era quase impossível.
A segunda opção era tentar a imigração pelo Express Entry. Depois de vários testes e simulações no sistema do EE, vimos um cenário que nos dava pontos suficientes para entrar. Obviamente, que esse era o caso ótimo e dependíamos de muitas variáveis, dentre elas, ambos deveríamos tirar uma boa nota no IELTS, e a faculdade e a pós graduação da Paulinha deveria ser reconhecida.
Os dados foram lançados, e o resultado vocês conferem nos próximos posts.
Até a próximo pessoal, espero em breve trazer boas novas sobre nossa imigração para o Canadá.
Olá Rafael e Paulinha. Tenho pulado de blogs em blogs em busca de informações e de alguma luz que me mostre que tenho alguma chance. Mas só acho relatos de possibilidade para casais. vim até o começo do blog de vcs para tentar entender como vcs iniciaram tudo. aqui vc diz que haviam duas possibilidades: “Paulinha fazer um College para que eu pudesse o visto de trabalho, e depois de um ano trabalhando tentar o processo de imigração de fato.” OU tentar pelo EE.
Não tenho muitas chances no EE. Eu gostaria de tentar imigrar sozinha. Qual o norte que vcs me sugerem por favor? E eu já tenho 32 anos.
Olá Tati,
Realmente pra um casal a coisa fica bem mais fácil, e principalmente mais barato (no caso de vir com visto de estudo).
Uma opção que muita gente usa é o visto de estudo. Vem com visto de estudo, tem permissão de trabalhar meio periodo enquanto estiver estudando e depois de terminar o curso tem o open work permit. Mas você tem que ter dinheiro pra pagar toda o college e se manter enquanto estiver estudando, pois não necessáriamente vai conseguir um emprego.
Rafael, boa noite.
Naveguei vários blogs de imigração para o Canadá e acabei parando aqui pelo que parece vocês são mais diretos, não ficam rodopiando com informações sem chegar em lugar nenhum.
Bom, o meu caso é o seguinte eu tenho 31 anos (engenheiro de automação) infelizmente desempregado no Brasil, minha esposa 30 (enfermeira) e uma filha de 1 ano.
Já me falaram que imigrar para o canadá no meu caso, eu precisaria tentar o processo pelo Express Entry, no entanto o IELTS teria que ser feito por mim e por minha esposa também correto? Problema é que ela sabe muito pouco inglês. entáo teria que se dedicar mais.
Teria outra forma mais “facil” para aplicar o processo de imigração?
Obrigado, Matheus
Olá Matheus.
Realmente o express entry é a melhor opção pra quem quer vir pro Canadá, mas o inglês é necessário.
Embora o EE seja a melhor opção, existem outras, como visto de estudos, por exemplo, mas a maioria, se não todas as alternativas, vão exigir um bom nível de inglês.
Abraço.