O primeiro mês de um casal de imigrantes no Canadá

No começo dessa semana Paulinha e eu estávamos conversando e ela falou: “Amor, a gente faz um mês de Canadá essa semana”. Cara, não tinha parado pra pensar nisso até aquele momento, e posso afirmar uma coisa pra vocês: passa muito rápido!

Pensando nisso, resolvi fazer uma breve retrospectiva desse primeiro mês no Canadá, e fiquei muito feliz com o resultado.

Muita coisa boa aconteceu e nesse post eu vou falar um pouco sobre o que tem acontecido nesse nosso primeiro mês como imigrantes.

A primeira semana

Nossa primeira semana como já falei aqui foi bastante corrida. Basicamente resolvendo burocracias de documentação, conta no banco, seguro saúde etc…

Falamos bastante com nossa família aí no Brasil. E aqui vai uma dica, na verdade duas: não economize muito no seu plano de dados e use a vídeo chamada do WhatsApp. Várias vezes estávamos na rua, mercado etc… e recebíamos e fazíamos chamadas para os nossos familiares, e é muito bom poder falar com eles a qualquer hora e em qualquer lugar. Claro que o Skype está aí também, mas nem todo mundo tem um celular que rode ele sem travadas. O celular dos meus pais por exemplo esquenta muito e trava usando o Skype.

Viramos o ano em ótima companhia com o queridissimo casal de amigos do projeto maple leaf na Nathan Philips Square.

Segunda semana

Bom, essa semana começou perfeita. Já na terça-feira fiz a entrevista que estava marcada desde que estava no Brasil e no mesmo dia veio o resultado: O emprego era meu se eu quisesse. E é claro que eu queria, neh?

Preenchi 60 páginas de formulários e contrato de trabalho, comprei roupas sociais pra trabalhar, afinal, eu não trabalhava com roupas sociais há anos, e depois dos quilos a menos não tinha nenhuma.

Terceira semana

Aqui a coisa mudou um pouco. Primeira semana de trabalho, rotina nova, um commuting de matar e as dificuldades com o inglês.

Sobre o commuting: estamos temporariamente morando em North York.  Saio de casa 07:45, ando até o ponto de ônibus, pego o ônibus pro metrô, o metrô pro centro e no centro tenho a opção de caminhar por 10 minutos até o trabalho ou pegar o Street car. O street car só vale a pena se não tiver q esperar e como quase sempre não tem nenhum chegando a hora que saio do metrô, normalmente vou andando. Isso tudo leva entre uma hora e uma hora e quinze minutos.  É mais ou menos o mesmo tempo que eu gastava no Brasil, a diferença é que lá eu pegava uma van e ia praticamente deitado até o trabalho. E de quebra ainda via a orla da zona sul inteira (sim, ver a praia faz falta. rsrs). Aqui, o que mata é essa baldeação e as calçadas que as vezes estão congeladas de manhã.

Nessa mesma semana a tia/madrinha da Paulinha chegou no Canadá. E vou contar uma coisa pra vocês: é muito bom ter quem a gente ama por perto, faz a gente sentir que está em casa.

Pra melhorar ainda mais, Paulinha começou a fazer entrevistas de emprego com ótimas perpectivas. Tudo sobre nossa busca de emprego vai estar aqui na série de artigos que estamos escrevendo.

Nossa busca por apartamento começou, e só tem uma palavra pra definir: frustração.  O mercado parece ter dado uma enlouquecida nos últimos dois/três meses e a gente ainda não conseguiu nada que seja nem aceitável. Mas relaxem, em breve a gente arruma alguma coisa e vamos contar todo o processo aqui. 😊

Quarta semana

Ela ainda não acabou, mas tem muita coisa boa também. E aqui vai um spoiler dos proximos posts sobre trabalho: Paulinha acabou de receber uma oferta de emprego. No dia exato que fizemos um mês no Canadá.

Exatamente um mês depois de chegarmos no Canadá podemos falar com toda certeza: o Canadá nos aceitou e a felicidade aqui está de um jeito que não cabe no peito.

É isso por enquanto, até logo queridos! =)