Segundo Round no MyCIC – pós ITA – Nossa experiência

A cereja do bolo do processo de imigração canadense! Essa é a primeira grande meta a ser atingida por todo candidato a imigrante: receber o famigerado bendito ITA. A gente não sabe se ri ou se chora, quase põe o coração pela boca, toma um porre, comemora… Mas no dia seguinte já tem que começar a agir, pois o candidato tem apenas 60 dias corridos para submeter toda a documentação e entregar a aplicação dele a residente permanente. E quanto antes melhor né, galera?

Primeiramente, deixamos claro que não somos consultores de imigração, portanto não teremos a pretensão de publicar nenhum passo a passo ou algo parecido. Vamos falar apenas sobre nossas impressões e dúvidas nessa parte tão esperada e delicada do processo. Outra coisa, nosso processo ainda não está finalizado, o jogo só acaba quando termina, então até lá não teremos certeza se tudo que fizemos estava certinho. Então “take it with a grain of salt“, beleza?

Antes de mais nada, todo cuidado é pouco com o perfil no MyCIC a partir de agora. O sistema é cheio de probleminhas e ele vai travar, não é uma questão de se e sim de quando. Ele vai perder a sessão e apagar tudo que você estava escrevendo, ele vai demorar a abrir. Tudo isso é perfeitamente normal. E ficar clicando ou apertando F5 não vai resolver. Tenha calma e paciência e não saia apertando botões, pois um deles pode ser justamente o que vai apagar sua aplicação ou rejeitar o ITA. SIM, esses botões existem. Inclusive, o botão para declinar o ITA fica juntinho do botão pra visualizar sua aplicação. MUITO cuidado pra não apertar essa coisa.

Pois bem, o primeiro passo que demos foi completar os formulários. Precisamos preencher informações banais como endereço, dados de contato, data de nascimento e outras bem pessoais, como por exemplo altura, cor dos olhos (!) e quais foram seus endereços em um período de 10 anos (!!). Colocamos também nossa formação acadêmica reconhecida e nosso histórico de emprego. Algumas informações foram importadas do EE  pelo MyCIC e não precisamos escrever de novo.

Colocamos também um histórico das atividades que fazíamos durante os últimos 10 anos e não podia ficar nenhum período em branco, como o CIC orienta. Então, ou estávamos trabalhando ou estudando ou desempregados (tem essa opção também). Algumas coisas se sobrepuseram nesta lista, mas não achamos que seria problema. Montamos no Excel uma linha do tempo pra cada um com as infos, pois o sistema é confuso e organiza as informações de trás pra frente, conforme você vai escrevendo e adicionando. Em alguns casos, o MyCIC indicou em que ordem cronológica deveriam estar os fatos. Eu só li depois e tive que escrever tudo de novo, pois não dava pra mover os registros #FicaDica.

Citamos também todos os lugares no exterior para onde viajamos. Não citamos viagens curtas para o Mercosul, mas todas as viagens para as quais precisamos de passaporte estavam lá, com datas de entrada e saída, inclusive a que fizemos no próprio Canadá. Como ficamos algum tempo lá, citamos também na lista de endereços o endereço da nossa homestay e avisamos aos proprietários.

Revisamos umas vinte vezes esse formulário, em dias diferentes. A maior dúvida que tivemos foi quanto à data em que eu estava habilitada para trabalhar no meu NOC. Já falamos disto aqui e eu ainda estava insegura sobre falar ou não com um especialista a respeito. Optamos por seguir em frente e clicar em Done. Aqui fica outra dica: mesmo após terminar de preencher e submeter os formulários, ainda é possível retornar a eles e fazer alterações, então não perca tanto tempo pensando, se tiver uma dúvida. Nós não sabíamos disso, achamos que não poderíamos mais retornar e demoramos pra finalizar os formulários, o que atrasou nosso acesso à lista de documentos.

Uma vez finalizada essa parte bem chatinha (o CIC já começa aqui a matar sua excitação quanto ao processo), o sistema gerou uma lista de documentos que precisaríamos inserir. Eram todos os que coletamos, mais a comprovação de União Estável e financeira. E aqui começou a segunda parte do processo de coletar documentos, tradução juramentada, digitalização e geração de PDF. E aqui fica a última dica: o MyCIC impõe um limite estapafúrdio de 4Mb para cada um dos arquivos. Na maioria fica OK, mas a nossa documentação financeira, por exemplo, tinha quase 200 páginas de imagens. Imagina comprimir isso tudo até caber em 4Mb? Usamos o Adobe Acrobat DC e foi o único programa que conseguiu nos ajudar nessa desesperadora árdua tarefa. Tivemos que chegar bem perto do limite do legível mas, aparentemente, de acordo com as nossas GCMS notes, funcionou.

Com tudo pronto, foi só revisar mais umas 50 vezes, apertar o esperado/temido botão de Send e pagar as taxas. Fizemos aviso viagem no banco, avisamos gerente do valor que seria passado em dólar e deu certo de primeira! A AOR (Acknowledgement of Receipt) chegou em poucos minutos. E foi dada a largada pra espera mais angustiante de nossas vidinhas até agora! 🙂

É isso galera! Esse depoimento dá uma noção do que vem pela frente! Receber o ITA é maravilhoso, mas é só o começo da luta! Até a próxima!

 

Paula Mello

Analista de Projetos de TI, formada em Analise de Sistemas e Publicidade, técnica em Meio Ambiente, estudante por curiosidade eterna, cervejeira por amor ao hobby, louca por fotografia, dança, livros, chocolate, viagens, virar a mesa, se perder pra depois se reencontrar, diferente, de novo.

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3 Resultados

  1. Vivi disse:

    Haja coração hein Paulinha?
    Cada etapa vencida mal dá tempo de curtir o alívio e já vem outra “pancada” de ansiedade, desespero e crise de nervos!
    Mas quem disse que esse processo era fácil? Só para os fortes e valentes, e vamos descobrindo esse lado nosso por cada fase que temos que passar!
    Continuamos na torcida!

    beijos

    • Paula Mello disse:

      Com certeza, Vivi! O coração sabemos que está forte e saudável, senão já tinha dado ruim! kkkkkkk
      Obrigada pela visita e pelas palavras de carinho! Seguimos na luta. =)

  2. Cíntia disse:

    Olá Paula, meu marido está querendo ir para o Canadá em Fevereiro para ver se consegue algum emprego e depois eu e minha filha vamos, ele ouviu falar sobre um insentivo que o governo está fazendo para engenheiros imigrantes, vc já ouviu falar? Cada dia falam uma coisa diferente. um amigo dele que trabalhou aí disse que ele iria ser um engenheiro auxiliar antes para ganhar confiança.

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